terça-feira, 16 de setembro de 2008

Atualizando...


Após o pesadelo chamado Unesp, ou mesmo denominado "Mestrado em modo escravo", resolvi seguir em frente e buscar outro curso de pós - graduação que me desse um título necessário para atingir meu objetivo, que é dar aula em uma universidade, mas que ao mesmo tempo me desse o conhecimento necessário para a prática clínica na área que eu escolhi_ coisa que o mestrado não estava me dando, pelo contrário, só enrolava com disciplinas que contribuiriam apenas para pesquisa e publicação, deixando todo o conhecimento necessário para mim, de lado.

Após 4 meses de curso, já conheço bem as meninas da turma, são todas fisioterapeutas, o nosso contato é excelente: existe uma constante troca de conhecimentos, todas compartilham o que sabem. Não existe competição. É tudo muito diferente do ambiente asqueroso do laboratório, onde poucos cooperavam, e o egoísmo era insuportavelmente presente em todos os aspectos.

Através do contato com os professores, hoje entendo o que realmente se passa nas outras universidades no nível de mestrado, e sei que a ditadura, ao contrário do que me disseram antes, NÃO EXISTE em todos os departamentos de pós-graduação.
O que se passou é que eu terminei de cursar grande parte dos créditos que era pra ter feito na Unesp. Não sei se vou aproveitá-los pra alguma coisa, pois mestrado agora não é mais meu objetivo: não é mais uma necessidade.



Posso dizer com todas as letras: HOJE EU ESTOU APRENDENDO MUITO! Estou sendo fisioterapeuta, e convivendo com pessoas que falam a minha língua.

E por falar em língua, Ed e eu iniciamos um curso de espanhol no CCAA, tá sendo ótimo!

Vou fazer 1 ano e meio de cirurgia. Parei de emagrecer espontaneamente. Agora estou "por conta própria", se comer porcaria irei engordar, independente da quantidade. Os dumpings ainda continuam, e bem fortes, mas a minha paixão por doces é permanente: é o meu vício, a minha droga, meu prazer imediato, minha consolação.

Andei pensando em fazer a dieta da sopa pra acelerar o metabolismo e eliminar mais peso, mas antes tenho que monitorar uma série de parâmetros no meu sangue antes de dar uma de louca, por isso, só o Geraldo pode liberar, senão eu me fodo mesmo: coisas que eu não tenho, posso passar a ter...

Há 5 meses iniciei, junto o Eddie, um programa de exercícios na academia do Sesi. Eu faço a ginástica especial, com uma turma, todas as quartas e sextas à noite: faço Body Balance ( Pilates, Yoga e Tai Chi) e Power Jump, que às vezes troco por Body Combat. Estou me sentindo muito bem, as professoras são ótimas. Quando o tempo esquentar, pretendo fazer hidroginástica às tardes. Nesse período senti que me fortaleci, tenho mais flexibilidade e ânimo.

Existe um fator que me incomoda: o relógio. O tempo é cruel. Eu não aceito envelhecer, eu não quero fazer 30 anos. Não estou preparada pra isso. Assim como não estou preparada para encarar algumas responsabilidades, rotinas, métodos. Eu não nasci pra isso: ter filhos e cuidar de casa. Eu quero realização profissional, conhecimento, viagens, gastar dinheiro comigo, não com um "bichinho de estimação" pra mostrar pros outros. Mas ninguém me entende, a cobrança da minha família é enorme, sou a única filha capaz de reproduzir, mas eu nasci no mundo errado!!! Peço a Deus pra ser estéril, e ao mesmo tempo não admito que vontade alheias queiram mudar o rumo da minha vida, do que eu quero pra mim. Isso gera indisposição com o Ed, pois ele, assim como 99,9% das pessoas acredita que toda mulher TEM QUE PARIR.

"Mas querer ser mãe é fisiológico, é lindo, é natural." <- Essa parte eu nasci SEM!!!!!


Não é por medo da gestação, e sim de destruir o meu corpo que penosamente estou tentando por de volta no lugar, de acabar com a minha auto-estima, que milagrosamente recuperei ao vestir roupas confeccionadas para pessoas, e não para aberrações; e finalmente ter que carregar uma mala sem alça pro resto da vida, e nunca mais, mas nunca mais mesmo poder deitar a cabeça no travesseiro sem preocupações, até o dia da minha morte. EU NÃO QUERO ISSO PRA MIM!!!

Estou em crise.